V Circuito Internacional, I Grande Prémio do Porto 1954

A 27 de junho de 1954 disputou-se o V Circuito Internacional do Porto, prova disputada no circuito da Boavista. A imagem documenta a partida para a corrida principal, vendo-se os três Lancia D24 de Eugenio Castellotti (nº2), Alberto Ascari (nº3) e Luigi Villoresi (nº1) a tomarem a dianteira, seguidos pelo Jaguar C-type de Duncan Hamilton (nº6) e pelo Cooper T33 Jaguar (nº 8) de Peter Whitehead. Um pouco mais atrás vem o Talbot-Lago T26 de Charles Pozzi.
Luigi Villoresi seria o vencedor, com Castellotti em segundo lugar. O melhor português seria D. Fernando Mascarenhas, ao volante do Ferrari 2500MM (#0326MM), que terminaria em 4º lugar com quatro voltas de atraso.

Bibliografia - World Sport Racing Prototypes
Fotografia - Francisco Mota, Porto


Que a vida nem sempre é justa já todos sabemos; e se isto é verdade para os seres vivos, também se aplica na História Automóvel: A Lancia é um bom exemplo. Nascida do génio de Vincenzo Lancia que teve no filho Gianni um digníssimo sucessor, esta marca sempre se pautou por uma filosofia de inovação e qualidade, mesmo que isso muitas vezes tivesse custos económicos difíceis de suportar, o que veio aliás a causar-lhe grandes problemas de sobrevivência. Quem já tenha tido ou conhecido bem um Lambda, um Aprilia ou um Aurelia sabe bem do que falo - a qualidade da engenharia e da construção são insuperáveis e estavam a "anos luz" de qualquer dos seus contemporaneos Italianos. A tal "qualidade a qualquer preço" junto com injustiças políticas na distribuição de apoios do Plano Marshall, e ainda um programa desportivo demasiado ambicioso, causaram o sufoco financeiro da marca, que foi obrigada pelo governo ao vexame máximo de no fim da época de 1955 ceder toda a sua Scuderia de formula 1 dos geniais e fantásticos D50, a custo zero, ao seu rival mais expedito, videirinho, mestre de marketing e grande reaccionário tecnológico Enzo Ferrari, que se deu ao luxo de exigir dinheiro para ficar com a Scuderia - Carros, camions e peças - que lhe veio a proporcionar a vitória no campeonato do mundo no ano seguinte (com emblema Ferrari no nariz dos carros!) A partir daí a Lancia entrou em declínio e o seu espírito nunca mais foi o mesmo. Eu não disse que a vida não é justa?
Duarte Pinto Coelho


Luigi Villoresi, em Lancia D24, o vencedor.

"Nesta corrida do Porto os Lancia estavam à parte, tal a supremacia que tinham sob a concorrência. O melhor Português até desistir foi Casimiro de Oliveira, no Ferrari 375MM que se vê entre o Jaguar de Hamilton e o Cooper de Whitehead. O mesmo Casimirosendo  o mais rápido dos não-Lancia, levava oito segundos por volta dos Lancia."
Luis Sousa


Circuito da Gávea 1938

A convite do Automóvel Clube do Brasil, os irmãos Manoel e Casimiro de Oliveira participaram no Circuito da Gávea de 1938, prova disputada num percurso maioritariamente urbano traçado na cidade do Rio de Janeiro. O futuro realizador de cinema, Manoel, iria tripular um "Menéres & Ferreirinha" que não era mais que um Ford Especial transformado por Eduardo Ferreirinha nas oficinas de Manuel Alves de Freitas e Cia Lda, no Porto, enquanto que Casimiro iria tripular o Bugatti 51 que acabara de comprar ao engª Ribeiro Ferreira, um carro já algo "cansado" mas ainda relativamente competitivo. 
Dezenas de milhar de pessoas assistira à corrida, que foi ganha por Carlo Pintacuda, em Alfa Romeo 3000cc com compressor, enquanto que Manoel de Oliveira terminaria num brilhante 3º lugar, à frente de seu irmão Casimiro, que ficou em 5º.
Como era tradição na época, os carros portugueses estavam pintados nas cores nacionais, vermelho em cima e branco em baixo. Esta pintura a óleo de Pedro Ferreira documenta a segunda fila da grelha, com o Ford de Manoel de Oliveira (nº10) ladeado pelos carros de Nascimento Júnior, Alfredo Braga e Benedito Lopes. 

Bibliografia - "Manoel de Oliveira", de José Barros Rodrigues
Imagem - Pedro Ferreira - Arte


O "Mistério" do Ferrari #0524M

Em 13 de março de 1955 Casimiro de Oliveira participou no Grande Prémio de Dakar, no Senegal, ao volante do Ferrari 750 Monza chassis #0524M que lhe foi cedido pelo fabricante no âmbito de um acordo semi-works celebrado entre ambas as partes. O circuito, constituído basicamente por duas rectas longas e duas curvas rápidas, permitia velocidades elevadas e médias próximas dos 200km/hora, como se constata pelos 197km/h obtidos por Louis Rosier, no Ferrari 750 Monza #0520M e que ficaram a constar como o melhor registo obtido no traçado.
Provavelmente em consequência do rebentamento de um pneu Englebert, Casimiro de Oliveira perdeu o controle do carro e saiu da pista, destruindo o Ferrari. O piloto português foi hospitalizado e o #0524M regressou a Itália para se avaliar de uma possível recuperação.
Três meses mais tarde, Casimiro de Oliveira, já refeito do acidente de Dakar, apresenta-se para disputar o Grande Prémio de Portugal no Circuito da Boavista com  um  Ferrari 750 Monza completamente novo, embora o número de chassis fosse… #0524M. Outro carro com o mesmo nº de chassis do antigo, ou o mesmo carro reconstruído?
Fosse lá o que fosse, o carro parecia "amaldiçoado" e Casimiro de Oliveira sofreu novo acidente grave, o que o levou a colocar um ponto final na sua já longa e bem sucedida carreira desportiva.
Do chassis #0524 não voltou a haver notícia. Terá terminado na Boavista a sua breve mas atribulada  existência.
Algumas décadas mais tarde, o Ferrari 750 Monza #0520M de Louis Rosier viria a ser adquirido por José Manuel Albuquerque, que com ele disputou um número considerável de corridas até o voltar a vender.


"Analisando a foto e conhecendo bem o carro, mantenho que os danos para o chassis não terão sido de monta. Ele parece ter batido, provàvelmente nesse dito muro, em marcha atrás e de raspão lateralmente e terá em seguida capotado, não tendo havido por conseguinte nenhuma pancada forte lateral. A questão que eu levanto é como é que o pobre Casimiro terá escapado ao capotanço. Terá ele sido cuspido e saido apenas com arranhões e sem ossos partidos ? Deve ter sido isso.
Quanto ao meu anterior Monza, ele de facto tem uma história interessante. Chegou também a correr na Boavista. Acabei por o vender, para comprar o Maserati 300S, ao Karl Friedrich Scheufele, dono da Chopard e aparece em muitas fotografias de publicidade aos relógios da marca."

José Manuel Albuquerque

Fotos de Luis Sousa, que também colaborou na elaboração do texto.

O #0524M depois do acidente de Dakar ...

…e, meses depois, após o acidente da Boavista, já com pneus Pirelli.

Passo a narrar um texto escrito pelo Sr Manoel Oliveira:
"Logo no primeiro treino Casimiro vai lançado e um dos pneus de trás desfaz-se, o carro ginga para um lado e vai de marcha atrás. Ele encolhe-se para dentro, deixando-se escorregar em direcçao aos pedais. O veículo, recuando a alta velocidade, apanha por de trás um muro de blocos de cimento e desfaz cerca de cem metros. Virando depois para dentro de um campo cospe o Casimiro, que fica desmaiado de costas para o chão. Passado mais de um mês Casimiro sai do hospital e regressa a Portugal, recomposto mas magro e debilitado."
Luis Sousa

IV Rallye Internacional de Lisboa (Estoril)

O Allard do Conde de Monte Real / Diogo Passanha e o Hotchkiss de José Ramos Jorge / Calçada Bastos tiveram sortes distintas no final da quarta edição desta prova, disputada em 1950. Jorge Melo e Faro comandava tranquilamente o rallye quando no último controle, já em Lisboa, o Allard sofreu uma avaria que o relegou para o 75º lugar da classificação geral. Sem ter encontrado problemas de maior ao longo do percurso, Ramos Jorge levou o Hotchkiss a conseguir um mais que honroso 4º lugar absoluto.
O vencedor seria o inglês Ken Wharton, em Ford, sendo Joaquim Filipe Nogueira um excelente 2º classificado absoluto e primeiro da classe até 1500cc, em MG. Martinho Lacasta, em Mercury, foi terceiro e Américo Rodrigues, em Hotchkiss, completou o lote dos cinco primeiros.

Colaboração de Luis Sousa e Gustavo Barbosa
Fotos - colecção família Melo e Faro (Monte Real)




Uma Pausa para Refrescar

O VIII Grande Prémio de Portugal disputou-se a 23 de Agosto de 1959, em Monsanto, debaixo de um calor tórrido. Relatos da época sugerem que embora a corrida se tenha disputado ao fim da tarde (na altura ainda não existiam directos de TV) a temperatura seria bem superior a 30 graus centígrados quando foi dada a partida. Não admira, portanto, que a meio da prova Harry Schell tenha feito uma pausa não programada para se refrescar, tarefa em que gostosamente colaboraram Bernard Cahier e Joachim Bonnier.
Apesar disso, o BRM nº 6 terminou o Grande Prémio num respeitável 5º lugar.

Fotos - The Cahier Archives


Monsanto 1957


Em 9 de Junho de 1957 disputou-se, perante 50 mil espectadores, o VI Grande Prémio de Portugal. O vencedor seria um tal Juan Manuel Fangio, que tripulava um Maserati 300S, tendo Masten Gregory terminado em segundo lugar com o seu Ferrari 860 Monza. Em terceiro lugar terminou Carlos Menditeguy, em Maserati 300S, mas já com duas voltas de atraso em relação aos dois primeiros.
A representação portuguesa era constituída por quatro Porsche 550 RS Spyder entregues a Ruy Marinho de Lemos, Joaquim Correia de Oliveira, José Manuel Simões e José Nogueira Pinto.
Na imagem pode ver-se o alemão Ernst Lautenschlager a entrar para o seu Spyder e, logo a seguir, o carro nº 3 de José Manuel Simões (#550-039) e o nº4, de Correia de Oliveira (#550-087), que terminaria em 10º lugar e seria o português melhor classificado.


Mário "Nicha" Cabral

Impossível fazer uma abordagem à história dos primeiros 50 anos do automobilismo nacional sem fazer uma referência a um dos mais talentosos pilotos portugueses de sempre, Mário de Araújo Cabral, o popular "Nicha".
 Foi o primeiro português a tripular um carro de Fórmula 1, tendo feito a sua estreia no Grande Prémio de Portugal de 1959, disputado no circuito de Monsanto. Ao volante de um pouco competitivo Cooper- Maserati T51 da Scuderia Centro Sud, "Nicha" viria a obter o 14º tempo nos treinos de qualificação, batendo os dois Lotus de Graham Hill e Innes Ireland. Na corrida, porém, a sua pouca experiência viria a manifestar-se quando se viu envolvido num acidente com Jack Brabham. Ao ser ultrapassado pela segunda vez pelo campeão australiano, deu-se um "desentendimento" entre ambos que fez com que o Cooper Climax de Brabham saísse da pista e embatesse num poste. O piloto foi projectado para a pista e por pouco não foi atropelado pelo carro idêntico de Masten Gregory.
Mário Cabral terminaria esta corrida em 10º lugar, a seis voltas do vencedor, Stirling Moss. Viria ainda a disputar mais três Grandes Prémios, o último dos quais em 1964 ao volante de um ATS. No entanto, seria ao volante de carros de Sport Protótipos e de "Turismo" que "Nicha" Cabral iria conhecer os maiores sucessos da sua longa e bem sucedida carreira.
Veja aqui um interessante documentário sobre o Grande Prémio de Portugal de 1959.

Fotos - ESPN F1 Profiles e "Nicha", de Adelino Dinis.



I Circuito do Campo Grande 1931


O I Circuito do Campo Grande, Lisboa, disputou-se a 28 de Junho de 1931, tendo Roberto Sameiro sido o vencedor da corrida de Sport, em Alfa Romeo 6C 1750. Na imagem da partida podem ver-se um Lancia Lambda (Vasco Sameiro ?) com o Austin Seven de Vasco Calixto à sua esquerda e o Mathis de João Antunes dos Santos à direita. Participaram ainda Barbosa Santos (Wolseley), David Levy (FN), António Antunes dos Santos (Mathis) Francisco Oliveira (DeSoto), Vasco Fontalva (Lancia), Campos Junior (Stoewer), Manuel Nunes dos Santos (Peugeot), Salvador Supardo (Rosengart), José Conceição Ferreira (DeSoto), Gaspar Sameiro (Ford) e Francisco Rola Pereira (Rover)

Foto - Biblioteca de Arte Fundação Gulbenkian
Bibliografia - "Primeiro Arranque", de Vasco Calixto

Para a categoria de “Corrida”, inscreveram-se:
Eduardo Ferreirinha, (Ford); Rola Pereira (Ford); José Gonçalves (Bugatti); Vasco Sameiro (Alfa Romeo); Gaspar Sameiro (Ford).
Na categoria “Sport”, inscreveram-se:
Vasco Anjos (Lancia Lambda); Manuel Nunes dos Santos (Peugeot); José da Conceição Ferreira (De Sotto); A. Campos Júnior (Stoewer); João Antunes dos Santos (Mathis); António Nunes dos Santos (Mathis); V.H. de Oliveira, filho (De Sotto); Francisco da Rola Pereira (Roover); Gaspar Sameiro (Ford); Vasco Calisto (Austin Seven); Roberto Sameiro (Alfa Romeo); Barbosa Santos (Wolseley); David Levy (FN); Salvador Supardo Jesus (Rosengart).
O sorteio da numeração e a posição que cada um dos concorrentes tomou nas provas, foi feita por sorteio às 22 horas do dia 26 de Junho de 1931.
A prova, que se realizou ás 16 horas de 28 de Junho, com a presença do Presidente da República, Marechal Óscar Carmona.
A categoria “Sport” foi ganha por Roberto Sameiro em "Alfa Romeo" 6C 1750, seguido de seu irmão Gaspar Sameiro em "Ford". E a categoria “Corrida” foi ganha por Vasco Sameiro em "Alfa Romeo", seguido de Gaspar Sameiro em "Ford".
Para as provas de elegância, foi grande o entusiasmo tendo-se inscrito muitos concorrentes, distribuídos por 9 classes.
A par destas provas automobilísticas disputou-se o prémio Presidente Carmona para motocicletas


Colaboração de José Leite

http://restosdecoleccao.blogspot.com/

Pelos Caminhos de Vila Real

Aos bravos pilotos do pós-guerra não bastava terem coragem e talento para pilotar automóveis. Era também fundamental terem uma invulgar condição física que lhes permitisse suportar as direcções "pesadas", as suspensões "duras" e os pisos extremamente agressivos das "pistas" em que se disputavam as corridas. O circuito de Vila Real não era excepção a esta regra, como se pode ver nesta imagem em que aparece o Cisitalia Abarth 204A de Emílio Romano a caminho do 4º lugar no IX Circuito Internacional de 1950. Piero Carini, que viria a estar envolvido no trágico acidente que em 1956 vitimou Borges Barreto, foi o vencedor, em Osca, ficando Casimiro de Oliveira e José Cabral nos lugares seguintes, ambos em Allard J2.

Foto - Centro de Documentação do ACP
Bibliografia - Circuito de Vila Real 1931-1973, de Carlos Guerra


Boavista 1955

O Ferrari 750 Monza de D. Fernando Mascarenhas em plena prova durante o V Grande Prémio de Portugal, disputado a 26 de Junho de 1955 no Circuito da Boavista. O carro nº 14 acabaria por abandonar ao fim de 43 voltas com problemas de transmissão. Jean Behra, em Maserati 300S, seria o vencedor da corrida, enquanto que António Borges Barreto, em Ferrari 250MM, seria o único dos seis portugueses inscritos a chegar ao fim.
As características derivas brancas foram colocadas na parte posterior da carroçaria por Manuel Palma e  destinavam-se apenas a "enfeitar" o conjunto. O resultado é indiscutivelmente interessante e fez com que este carro se tornasse num exemplar único em todo o mundo, embora só tenha mantido esta configuração enquanto permaneceu em Portugal.


Um Porsche 356 Histórico


XXIII Rallye de Monte Carlo

Invulgar imagem da equipa portuguesa com o número 94 formada por Alberto Calçada Bastos e João Capucho, em Porsche 356 pre-A, à sua chegada a Monte Carlo durante a edição de 1953.
Alberto Calçada Bastos era um conhecido dentista de Cascais que depois de se reformar passou a colaborar com  o seu amigo Jorge de Brito, banqueiro e grande coleccionador de Arte. Quanto a João Capucho, tornou-se conhecido como velejador de grande mérito na classe "Star", vindo mais tarde a ser presidente do Clube Naval de Cascais entre 1978 a 1986.
Esta equipa foi uma das 112 a escolher Lisboa como ponto de partida, de entre um total de 253 inscritos.
Dizem os relatos da época que vários dos Porsche participantes foram desclassificados durante as verificações técnicas devido a divergências na interpretação da ficha de homologação.

Porsche 356 Portugal




Quase 60 anos depois de ter participado no Rallye de Monte Carlo, este mesmo Porsche 356 reaparece em grande forma no último Autoclássico pelas mãos do seu actual proprietário, Helder Valente.

Adler em Vila Real

Para o circuito de Vila Real de 1936 surgem inscritos, na categoria "sport", dois automóveis de fabrico alemão de marca Adler, um Trumpf "Stromlinen" para Rudolph Sauerwein e um Trumpf Sport para Paul von Guilleaume, um piloto iria deixar a sua marca em Le Mans nos anos seguintes ao volante de  carros do mesmo fabricante. Conta Carlos Guerra, no seu livro "Circuito de Vila Real 1931-1973" que, antes da corrida, os dois pilotos alemães fizeram questão de prestar homenagem ao Comandante Carvalho Araújo depondo um ramo de flores junto da estátua deste ilustre vilarrealense,  que continha a seguinte inscrição: "Ao valente inimigo, Herói da Grande Guerra, homenagem dos corredores da Adler".  Notável exemplo de cavalheirismo ou mais um sinal da "superioridade" do Nacional Socialismo que começava afirmar-se?

Foto - Centro de Documentação do ACP


O Adler Trumpf Sport de Paul von Guilleaume a caminho do quarto lugar na classificação final. O vencedor seria Adolfo Ferreirinha, em Ford V8-18 com Manuel de Oliveira, o cineasta, a terminar em segundo lugar, ao volante de um BMW 315.